Quando se fala de longevidade, convém referir as diferentes acepções em que pode ser entendida. A longevidade potencial corresponde à duração máxima de uma vida de uma espécie, independentemente das condições ecológicas; para o homem é cerca de 112 anos: sejam quais forem os progressos da biologia e da medicina, esta é idade máxima que nunca poderá ser ultrapassada: há que notar que, entre os vertebrados de sangue quente, o homem é o que possui a maior longevidade potencial.

A longevidade média define-se como o número médio de anos vividos por todos os indivíduos nascidos num determinado período, numa dada região; tal varia segundo o corpo humano considerado e depende ao mesmo tempo dos factores biológicos e das condições de vida: é a esperança de vida desde a nascença.
Actualmente, em França, a longevidade média é de 65 anos para os homens e de 67 anos para as mulheres, enquanto, na India, é apenas de 26 anos para ambos os sexos. A longevidade efectiva é a idade que pode ser atingida por cada um em função da sua biologia e dos factores do meio. A longevidade diferencial consiste nas variações interindividuais no interior de um grupo e nas variações de um outro grupo em matéria de duração de vida.
Uma vez definida a longevidade, três diferentes problemas se apresentam:
— O da velhice, enquanto fase terminal inelutável da vida; será o ciclo vital— crescimento, maturidade, declínio — uma lei geral? Porquê esta longevidade potencial, específica de cada espécie: 112 anos no homem, 15 anos no cão, 800 dias no rato, 80 dias para certas moscas drosófilas?  Tudo se passa como se a duração da nossa vida estivesse inscrita no organismo, desde a nascença; a tal ponto que «o verdadeiro mistério não é porque vivemos, mas:
— O da essência do envelhecimento normal. Em que consiste e quais são as suas manifestações? Qual é o seu mecanismo?— O do envelhecimento individual, quer dizer, tais causas que nos fazem envelhecer a uma idade inferior à prevista pela longevidade potencial.