Hoje em dia, aumenta cada vez mais a esperança média de Vida, que leva ao aumento do número de pessoas idosas e consequente necessidade de cuidados.
Nestes casos importa refletir acerca de dinheiro ou da falta dele e da sua importância no dia a dia dos idosos, importa referir o que se está a passar em relação aos comportamentos familiares e ao acompanhamento dos idosos, quer por parte das suas famílias, quer da parte de instituições onde vivam.
Um outro estudo, agora proveniente das Nações Unidas, refere que Portugal é dos países que pior tratam dos seus idosos, sendo que 39,4 por cento deles são vítimas de violência. Abusos psicológicos, físicos e até sexuais, extorsão e negligência são alguns dos mimos que damos aos nossos idosos.
Juntamente com a Sérvia, Áustria, Israel e Macedónia, Portugal é um dos cinco países que lideram a zona negra desta lista que engloba 53 países europeus.
Desde o ano 2000 que Portugal tem mais idosos do que jovens, o que vem ao encontro das previsões europeias que anunciam que em 2050 um terço da população será idosa.
Sem qualquer intuito ofensivo, apetece perguntar:
Para quê viver cada vez mais anos, se depois nesse tempo sofre-se com falta de amor e carinho, de abandono e maus tratos?
A ciência vai aprofundando as suas descobertas, vai conferindo mais anos de vida às pessoas e aumentando-lhes a esperança de vida, mas depois, a sociedade descrimina e não aproveita os seus idosos.
Muitas famílias abandonam-nos e não é raro ouvirmos falar em idosos mortos em casa há meses ou anos sem que ninguém desse por isso, ou mesmo famílias que internam os seus parentes mais velhos em hospitais e não os vão buscar, deixando-os entregues à sua sorte, ou até de famílias que deixam os seus idosos ao cuidado de um lar de terceira idade.