«Um obstáculo para um entendimento realista da idade avançada é o conceito errado de que a senilidade é o único problema do idoso.
Quando se pensa nos idosos, vem à ideia a imagem da pessoa confusa, esquecida, semelhante a uma criança. Na realidade, porém, a maioria está na posse das suas faculdades, é competente e activa, sente-se bem e de boa saúde. A demência, uma complexidade de perturbações provocadas pela lesão das funções do tecido cerebral, encontra-se presente em apenas quinze por cento das pessoas com mais de sessenta e cinco anos, uma clara minoria.»
Praticamente um quarto dos idosos considerados senis sofrem, na realidade, de algum tipo de doença mental que pode ter tratamento eficaz. Os idosos estão susceptíveis a um conjunto de problemas emocionais e funcionais, incluindo sintomas neuróticos, perturbações da personalidade  e inclusivamente sindromas psicóticos. O abuso de drogas e álcool são perturbações ocultas neste grupo etário. Muitas pessoas adquirem habituação a comprimidos para dormir, analgésicos, tranquilizantes e outros medicamentos.
«Quem não sabe que o funcionamento intestinal e a digestão são frequentemente uma preocupação para o indivíduo de idade avançada? À medida que as pessoas se tornam mais centradas em si próprias com a idade, transferem as suas energias do mundo exterior para o interior. No entanto, para além desta preocupação normal, verdadeiras queixas físicas de natureza hipocondríaca são frequentemente vulgares e podem encobrir outros sintomas, sobretudo de depressão. Trata-se de um diagnóstico difícil.
Contudo, as queixas dos idosos deverão ser levadas a sério. Uma velha crença afirma que as pessoas mais velhas necessitam de dormir menos do que as mais novas, O oposto é que é verdade. As perturbações do sono nesta idade são patognomónicas de perturbações psíquicas.»’ A maior doença psiquiátrica da idade avançada é a doença de Alzheimer (doença pré-senil) e a depressão.